A SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Atlético opera sob uma estrutura e modelo de governança distintos, projetados para aprimorar a gestão e as operações do clube. A estrutura da SAF introduz uma estrutura corporativa que separa os ativos do futebol das operações tradicionais do clube. Este novo modelo inclui quatro órgãos de governança: uma Assembleia Geral composta por acionistas, um Conselho de Administração, um Comitê Executivo e um Conselho Fiscal. O Conselho de Administração, especificamente, consiste em sete membros, com cinco nomeados pela Galo Holding e dois pelos membros do conselho. Esta divisão de responsabilidades visa agilizar os processos de tomada de decisão e garantir que tanto os interesses do clube quanto os dos investidores sejam adequadamente representados, promovendo assim uma abordagem mais organizada para a governança do clube.
As implicações financeiras da SAF do Galo são significativas, especialmente à luz dos desafios anteriores do clube com dívidas. Uma notável contribuição financeira de R$ 300 milhões foi destinada para transformar o cenário financeiro do clube, com foco em estratégias agressivas para reduzir as dívidas existentes. Em 2023, a dívida do Atlético Mineiro teria caído para R$ 1 bilhão, que é distribuída entre várias instituições financeiras e obrigações fiscais. O modelo SAF não visa apenas administrar essas dívidas, mas também busca gerar um superávit operacional, que abrange todos os custos e receitas recorrentes associados às atividades do clube. Essa reestruturação financeira é fundamental para o crescimento do clube, permitindo que ele aloque recursos para investimentos que aprimorem as capacidades esportivas e de infraestrutura.
A implementação do modelo SAF está pronta para impactar significativamente o desempenho da equipe e o engajamento dos fãs, como evidenciado pela recepção geral positiva da torcida brasileira. Os fãs expressaram uma visão favorável da Lei SAF, avaliando-a com uma média de 4,14 em uma escala de 1 a 5, indicando forte apoio à nova estrutura de governança. Com o aumento dos recursos financeiros, o Atlético Mineiro está melhor posicionado para investir no desenvolvimento de jogadores, comissão técnica e instalações, que são cruciais para elevar o desempenho da equipe em campo. Além disso, espera-se que a estrutura do SAF melhore o engajamento dos fãs ao fornecer uma estrutura organizacional mais clara e transparência aprimorada nas operações do clube, promovendo, em última análise, uma conexão mais robusta entre o clube e seus torcedores. Esse alinhamento de estratégia financeira e envolvimento dos fãs define uma trajetória promissora para o Atlético Mineiro no cenário competitivo do futebol brasileiro.
O Atlético, conhecido como Galo, abraçou totalmente esse modelo, optando por ter seu controle acionário detido por empresários que não são apenas fãs do clube, mas também torcedores de arquibancada. Essa mudança estrutural visa trazer estabilidade financeira e eficiência operacional, que têm sido historicamente desafiadoras para muitos clubes brasileiros. Ao fazer a transição para esse modelo, o Atlético está posicionado para explorar capital local e internacional, aumentando assim sua vantagem competitiva nas arenas nacional e internacional.
No coração da SAF do Atlético está a "Galo Holding", que adquiriu oficialmente uma participação de 75% na SAF do clube. Essa holding é composta predominantemente pelos chamados 4Rs: Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador. Rubens Menin, fundador da MRV Engenharia, desempenha um papel fundamental na gestão da empresa ao lado de seu filho Rafael, que juntos supervisionam 75,3% da Galo Anonymous Company. O investimento substancial da família Menin não só fornece força financeira, mas também traz uma riqueza de perspicácia empresarial para a gestão do clube, o que é crucial para navegar nas complexidades das finanças do futebol moderno.
Espera-se que o investimento da Galo Holding tenha um impacto profundo no desempenho e desenvolvimento do Atlético Mineiro. A nova estrutura do clube visa abordar vários desafios, particularmente a questão urgente da redução da dívida, que continua sendo um dos seus maiores obstáculos. Com um compromisso de R$ 913 milhões em troca de sua participação controladora, os investidores estão prontos para injetar capital que pode ser utilizado para aquisições de jogadores, atualizações de instalações e melhorias operacionais. Esse influxo de recursos não visa apenas aumentar a competitividade do time em campo, mas também promove a sustentabilidade e o crescimento a longo prazo. À medida que o clube continua a evoluir sob esse modelo, espera-se que os investimentos estratégicos levem a um melhor desempenho e a uma presença mais forte em competições nacionais e internacionais.